Oficinas de artes cênicas:

Relevância, imaginação e evitando cliché na criação de performance, dança e teatro.

Este workshop é destinado a estudantes e profissionais na área das artes cênicas e a pessoas que estejam em fase de transição para as artes. Seabra introduz a importância da exploração do texto como origem da imagem poética. Com técnicas de escrita e instigação da imaginação, o participante cria conteúdo inusitado para a performance, dança ou teatro através de:
• técnicas de organizar e cruzar idéias, desejos e aptidões
• repetir o ato de editar
• reconhecer a relevância dos conteúdos explorados
para resultar em obras que causem pasmo e encantamento.

Os participantes poderão trazer para o workshop idéias que queiram desenvolver. Podem vir sem nenhuma idéia. Podem vir do teatro ou da dança, assim como podem nunca ter pisado num palco.

Seabra falará sobre como evitar os clichês mais comuns utilizados nas artes cênicas e ajudará os participantes a entender e a discursar sobre as suas próprias motivações e influências. Também orientará os participantes a como melhor redigir textos para editais (os famigerados ítens sinopse, objetivos e justificativas). Os participantes serão encorajados a esboçar uma obra maior e mostrar uma cena (ou algumas cenas) do material trabalhado na Oficina.

Artivismo: navegando entre arte e ativismo.

esquerda: cena de Império Love to Love You Baby de Ricky Seabra | direita: cena de performance de participante de oficina dado por Seabra no Festival de Performance de BH.

Nesta oficina exploraremos a criação de performance, dança e teatro em torno dos problemas que mais assolam sua cidade, Brasil e o mundo. Ricky Seabra sempre combinou arte e ativismo em seus trabalhos. De Império Love to Love You Baby sobre a América pós 11 de setembro, à Isadora.Orb que fala de seu ativismo junto a NASA para reivindicar que artistas também participem do programa espacial. De Koyaanisqatsi A Performance em que fala de profecias novas de como o Brasil pode salvar o mundo ao seu novo trabalho Preâmbulos, uma performance interativa com o público em que consegue persuadir a sua plateia a reescrever o Preâmbulo da Consitutição Brasileira. Recentemente contribuiu com um capítulo no livro Community Art; The Politics of Trespassing junto com autores como Richard Schechner, Jan Fabre e Hans van Maanen.

• Seabra discursará sobre os sucessos e dificuldades de combinar arte e ativismo e dará exemplos de duas obras e de outros artistas.
• Criarão juntos inventários dos desejos, motivações e níveis de identificação dos participantes com várias questões sociais, políticas, econômicas e ambientais.
• E auxiliará os participantes a transpor para o corpo e a cena, sem panfletarismos, a poética, estética e política dessas questões após serem debatidas.

Alugando a sombra de uma árvore



Oficina ministrada por Ricky Seabra e o diretor belga Dirk Verstockt* baseada na oficina que deram em 2008 para 9 artistas profissionais na DasArts (Escola de Estudos Avançados em Artes Cênicas) em Amsterdam. A oficina expõe os participantes aos 17 problemas mundiais mais urgentes como descritos no livro “The Meaning of the 21st Century” de James Martin.

O objetivo principal de Alugando sombra de uma árvore é de confrontar os artistas envolvidos em dois níveis distintos:

1. oferecer missões artísticas e performativas com base em uma forte consciência do relacionamento que o artista terá com seus públicos.
2. direcionar o artista para longe das obsessões pessoais através da oferta de um conteúdo de cunho social, ético e ambiental a ser confrontado.

Alugando a Sombra de uma árvore foi considerado um dos melhores workshops da história de DasArts. Para os seus trabalhos de formatura quase todos os alunos usaram ideias que surgiram nesta oficina.
>>>Ver a oficina ministrada por Seabra e Verstockt no DasArts <<<

A expressão não convencional para as artes cênicas

Aberta à artistas em geral em especial aos profissionais de artes cênicas, a oficina passa o conceito da arte sem fronteiras, sem as denominações que muitas vezes limitam a expressão artística. A formação de Ricky Seabra não é de ator, mas de designer gráfico e industrial. Criando peças para teatro desde 1996, nesta oficina o designer e dramaturgo mostra como é possível aproveitar talentos não convencionais para expandir a expressão artística. Oficina de um dia mínimo, máximo 3 dias.

Palestras sobre Arte & Design

Oficina: O Curioso Art Déco do Cariri e uma nova metodologia de preservação e recuperação patrimônial através do Design.

Esta oficina propõe um novo olhar para a recuperação estética, operacional e hidrográfica das cidades brasileiras. Seabra introduz a ideia de "artesanato predial" e propõe o fortalecimento de identidades e recuperação de áreas degradadas através do conceito de "sampling". Seabra apresenta exemplos de recuperação e reconstrução patrimonial de 2 cidades americanas, 2 européias e duas brasileiras. Primeiro mostra essa metodologia de recuperação aplicada às cidades de Crato e Juazeiro do Norte no Cariri. Depois participantes vão explorar a sua cidade, fotografar, trazer material para a oficina, debater e desenhar soluções para problemas urbanos nos âmbitos estéticos, operacionais e hidrogáficos. Participantes precisam ter uma camera digital. Precisam saber desenhar ou dominar programas como Photoshop ou um de 3D.

Oficina: Comunicando a Conscientização no Design Sustentável
Uma coisa é um produto ser projetado para ser sustentável. Outra coisa é passar a importância da sustentabilidade através desse produto para o consumidor. Seabra acredita que o designer pode atuar também na área de conscientização do consumidor quanto à sustentavilidade. Como imbuir um produto, um design, com o poder de passar a concientização eficaz ambiental? Nesta oficina vamos mapear as urgências pessoais dos participantes (no que diz respeito questões ambientais) e cruzá-las com três níveis de concientização de sustentabilidade: através do design simbólico, o design informativo e o design experiencial. Os participantes criarão e apresentarão suas ideias no final da oficina.

Palestra: Comunicando a Conscientização no Design Sustentável e a Reversibilidade de Tudo.
“Reversibilidade” (no lugar de sustentabilidade) é uma expressão que o designer e performer Ricky Seabra apresentou no seu último espetáculo; “Koyaanisqatsi A Performance” que estreou na Bélgica em 2010. Ricky vai mostrar cenas deste trabalho e falar da importância de comunicar a sustentabilidade no próprio design de um produto mostrando alguns exemplos.

Palestra ou Oficina: Descubra o seu visionário interior
Esta oficina exercita a imaginação através de o que Ricky chama de "visionarismos", projetos mirabolantes que por sua natureza jamais serão executados. Essa prática existe na história da arquitetura das grandes capitais do mundo. No Brasil essa prática acontece muito pouco. Brasília não conta porque os projetos mirabolantes foram de fato concretizados. Seabra dá exemplos desse tipo de prática na obra de outros artistas e arquitetos e em sua própria obra (como por exemplo a sua ideia de colocar um Guggenheim na Favela do Vidigal). Ele mostra como este exercício de sonhar alto pode estimular o debate em torno de questões urbanas e sociais.

Na versão palestra dessa oficina, Seabra propõe que a plateia exercite um "visionarismo" para a sua cidade até o final da palestra.

Palestra: O Segredo de Brokeback, o amor vs. a Alma.
Seabra arguementa que o filme não é necessariamente uma históra de amor e que o seu significado maior foi ofuscado pelo drama ter sido vivido por dois homens. O performer, designer e pesquisador Ricky Seabra faz uma análise do filme e os seus vários símbolos revelando que o filme não é uma históira sobre o coração mas sim o sofrimento, processos e principalmente a traição da alma.

Palestra: Retrato de um ativista-artista como um moribundo artista-ativista.
Esta palestra é uma apresentação do ensaio do mesmo nome que Seabra publicou no livro Community Art; The Politics of Trespassing. Seabra fala da sua história de fazer arte de cunho ativista e mostra os sucesso e dificuldades de navegar nesse lugar de atrito entre arte e ativismo. Mostra vários casos em sua própira arte e outros artistas quando o artista tenta fazer ativismo e o contrário: quando ativistas tentam se apropriar de convenções artísticos para avançar as suas causas.

Palestra: A convalescença nova iorquina pós 11 de setembro na mídia e cultura pop

Seabra mostra como ao longo dos últimos dez anos o americano vem lidando com a ausência das Torres Gêmeas desde os ataques através de filmes, comerciais, cultura pop e até brinquedos. O mundo se concentrou muito nas sequelas políticas, religiosas dos ataques. Mas poucos falam o que representava a perda desta paisagem impressionante para o nova iorquino. Seabra morou lá 7 anos e até escreveu um monólogo, muito elogiado na crítica, sobre os ataques chamado Avioes e Arranha-ceus. Nesta palestra Seabra mostra alguns exemplos como David Letterman, Sex and the City e filmes para cinema lidaram com a mutilação de Downtown Manhattan.

Lecture: Star Spangled Disasters (será traduzido para português em breve)
Abstract: America is a curious Empire in that it has an obsession with creating imagery of its own destruction. For the past decades a plethora of images created in advertising, cinema and television could have served as omens for 9/11. But even after the attacks the obsession continues and we insist on predicting something even larger and worse to come.

Just as Calvinism in Holland is something that permeates both Protestant and Catholics cultures there, the notion of an American Armaggedon (our 'perishability') is a trait that permeates both Conservative and Liberal veins in America. The film industry in particular is the prime disseminator of these images. Is Hollywood a pusher of this drug or is the thirst for destruction deeply embedded in ‘Americanness’?

In this presentation I look for the ‘culprit’ not only in Hollywood, but in our dramaturgical relationship with the Star Spangled Banner; a curious anthem about one image and one question which in my opinion is being misinterpreted in such a way that incapacitates us to visualize peace and the real question posed by Francis Scott Key.

Oficina ou Palestra: Um design de conciência Pós-Olímpica.
O Design sempre fez parte das Olimpíadas. Desde logomarcas a vinhetas, desde a elaboração de espaços esportivos a reformulação urbana. Qual será o nosso papel de designers neste processo olímpico? Nos próximos anos seremos contratados para muitas tarefas; para “dar visual”, decorar, para vender conceitos. Temos que questionar o nosso envolvimento em projetos cosméticos, paliativos, temporários.  Temos que levantar a voz quando projetos são para encobrir e até mentir ou enganar. Numa cidade com os problemas que o Rio tem corremos este risco. Neste workshop vamos exercitar em desenhos e bate papo ideias inovadoras e não convencionais para o grande evento. Vamos imaginar e criar, mas principalmente vamos inovar e radicalizar. Como o nosso design pode refletir e comunicar os anseios e esperanças de uma nação em transformação profunda? Vamos show-off como designers? Ou vamos apresentar soluções duradouros que irão além de 2016? O nosso principal papel é de solucionar problemas. E o Rio tem muitos problemas. Vamos contribuir a nossa maneira de pensar ao turbilhão de ideias que vem por aí. É facil cairmos no pensamento da Olimpíada como um fim. Mas ela deve ser pensada como ensaio para algo bem maior.

Preâmbulos - Qual a missão do Brasil?

Seabra prossegue  inspirando e atiçando a imaginação do público com o que ele chama de frases preâmbulares: exemplos de frases de músicas e poesias que refletem valores do povo brasileiro. Depois, Seabra projeta o Preâmbulo em vigor no telão e convida o público a edita-lo e escrever um novo. O público começa a se manifestar e a falar o que deve ser mudado. Ele fica atrás de seu laptop datilografando e acompanhando os desejos manifestados pelo publico.

Ele guia a interação para durar mais ou menos duas horas, até que o público finalize um preâmbulo. Este trabalho pode ser feito em salas de aula, salões, auditórios ou teatros.
>>>Para mais informações clique aqui <<<

Palestras sobre exploração espacial

Palestra: Módulo Isadora, uma módulo para as Artes e Humidades para a Estação Espacial Internacional.

Palestra ou Oficina: A Estação Espacial Brasileira: SAUDADE

Palestra ou Oficina: Arquitetura lunar

Palestra ou Oficina: Habitabilidade orbital

Ricky Seabra é artista visual e performer brasileiro-americano formado na Parsons School of Design Nova Iorque com mestrado em desenho industrial na Design Academy Eindhoven na Holanda. 2002 a 2006 foi artista residente do Kunstencentrum nOna na Bélgica, onde criou os espetáculos Aviões & Arranha-Céus, Isadora.Orb, Império Love to Love Baby (todos já apresentados na Caixa) e o seu último espetáculo Koyaanisqatsi A Performance foi criado em residencia no KaaiTheater em Bruxelas. Mostrou suas obras no ItauCultural, SESC Palco Giratório, CAIXA, Circulação Funarte Petrobras, Culturgest Lisboa entre outros Apresentou no principais festivais do Brasil, além de Venezuela, Itália, Portugal, França, Escócia, Bélgica e Holanda. Concebeu e dirigiu os segmentos de vídeo para "As Coisas" do Teatro Portátil no CCBB RJ e BSB (2010) e A Dona do Fusca Laranja no Oi Futuro. Já deu palestras em conferências espaciais na Europa, NASA e ESA e foi pioneiro no ativismo para incorporar as artes e humanidades em programas espaciais. Tem uma empresa de produção cultural e curadoria, Belas Estratégias com os parceiros artísticos e sócios Andrea Jabor da Cia. Arquitetura do Movimento e Bia Jabor da Casa Daros.

* Dirk Verstockt (oficineiro junto com Ricky Seabra em Oficina: "Alugando a sombra de uma árvore") é formado em história moderna pela faculdade de letras em Wijsbegeerte (1981) e tem diplomas em direção, dramaturgia, e educação em artes cênicas e coaching em improvisação. É uma figura muito conhecida no cenário cultural da Bélgica. Já traduziu livros da Lílian Hellman para o holandês, escreveu três peças, dirigiu mais de 40, fez coaching de atores para tv e cinema, é moderador de mesas de vários festivais e publica artigos sobre cultura e teatro. Foi diretor 5 anos do Centro Cultural Kunstencentrum Nona em Mechelen onde dirigiu o útlimo espetáculo de Ricky Seabra: Empire Love to Love You Baby e apoiou mais três obras do Ricky desde 2002.
É membro de várias comissões do governo flamengo como a Comissão de Música do Ministério da Cultura do Governo de Flandres. É consultor para o gabinete do ministro da cultura para projetos artísicos para jovens e integra a comissão do plano diretor ministerial para artes cênicas.
Hoje integra o júri do TheaterFestival de Bruxelas e é orientador do departamento de artes cênicas no RITS em Bruxelas e DasArts em Amsterdam. Tem uma empresa cultural Boris VZW sediada em Bruxelas.